Operação Papillon – Ação realizada pelo GAECO/MPRS visou combater facções que usam indevidamente sistema da APAC de Passo Fundo para beneficiar presidiários.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) realiza nesta quinta-feira, dia 30 de maio, a terceira fase da Operação Papillon. 

A ação visa impedir que facções continuem usando o sistema da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Passo Fundo para obter benefícios indevidos em prol de integrantes de seus grupos. 

Nesta terceira fase da operação, houve dois mandados de busca e apreensão no município no norte do Estado. As medidas judiciais foram cumpridas após provas obtidas nas etapas anteriores. 

De acordo com a investigação, membros das organizações criminosas estavam usando o sistema da APAC para, por exemplo, se eximirem do cumprimento de penas e até mesmo viabilizarem a fuga deles ou de comparsas do sistema prisional. 

De acordo com o Coordenador do GAECO no Estado, promotor de Justiça André Dal Molin, uma das principais metas do GAECO é a higidez do sistema prisional, motivo pelo qual, sempre vão ser feitas operações que busquem eliminar qualquer possibilidade de desvio de conduta, seja no cumprimento de pena em presídios ou em associações. 

Para o promotor de Justiça Diego Pessi, responsável pela investigação e coordenador do 7° Núcleo Regional do GAECO – Planalto, a Operação Papillon tem um objetivo básico de investigar a instrumentalização da APAC por organizações criminosas que visam à obtenção de benefícios indevidos para seus membros e à evasão do sistema prisional. Ou seja, “estamos verificando a inclusão indevida de criminosos faccionados no sistema APAC, bem como, a posterior facilitação das fugas deles”. Concluiu. 

As buscas ocorreram na residência de um dos investigados e na própria sede da APAC em Passo Fundo. Também participaram os promotores de Justiça Cristiano Ledur, Maristela Schneider, Manoel Antunes e Marcelo Pires. A ação contou com o apoio do GAECO do Ministério Público de Santa Catarina e da Brigada Militar.