No domingo, 27 de abril, parte da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina partiu rumo a Brasília, junto com uma comitiva do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Rosa, onde pretendem defender uma pauta vista pela classe sindical como essencial. A redução da jornada de trabalho sem redução de salário, melhores salários e mais qualidade de vida. Eles estarão defendendo que “a vida não pode ser sacrificada pelo excesso de trabalho”!
Além da pauta salarial, também estarão lutando por mudanças estruturais nas Reformas Trabalhista e da Previdência, pois, segundo a classe, essas reformas, aprovadas sem o devido debate com a classe trabalhadora, retiraram direitos históricos conquistados com muita luta.
Conforme a entidade sindical, a Reforma Trabalhista flexibilizou contratos, aumentou a informalidade e fragilizou os sindicatos, tornando a negociação mais desigual. Já a Reforma da Previdência impôs regras mais duras para aposentadoria, exigindo mais tempo de contribuição e elevando a idade mínima, o que atinge principalmente os trabalhadores mais pobres e com menor expectativa de vida.
A classe pedirá a revogação dos pontos que atacam direitos, fortalecer a negociação coletiva, garantir condições dignas de aposentadoria e promover a valorização real de quem constrói a riqueza do país. Afirma ainda que “não são contra mudanças, mais sim contra retrocessos”.
Os sindicalistas acreditam que é possível construir um sistema que equilibre desenvolvimento com justiça social e dignidade para quem trabalha.
A mobilização na capital federal faz parte da campanha salarial 2025, organizada pela CUT-RS e pelos sindicatos da base, onde a palavra de ordem é “Seguimos firmes na defesa de direitos e na construção de um futuro mais justo para a classe trabalhadora e por melhores condições de trabalho”!
Nesta terça-feira, 29 de abril ocorreu a Marcha da Classe Trabalhadora, mobilização nacional organizada pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, Pública e Intersindical.
A concentração teve início por volta das 8h, com uma plenária na Praça da Cidadania, próxima ao Teatro Nacional. No local, foi lançada a Pauta da Classe Trabalhadora 2025, que reúne as principais reivindicações do movimento sindical para o próximo ano.
O documento será entregue ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; do Senado Federal, Davi Alcolumbre; do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso; e do Tribunal Superior do Trabalho, Aloysio Corrêa da Veiga.
Após a plenária, os manifestantes seguiram em marcha até a Esplanada dos Ministérios, onde entregaram, simbolicamente, suas demandas aos Três Poderes.
O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, estiveram presentes durante o momento em que os manifestantes se concentravam e faziam discursos.
Silvio Brasil/Lupa Notícias com informações dos sindicatos de Horizontina e Santa Rosa, G1, Cpers e Portal Contraf Cut.