A solidariedade foi e é mais forte do que o temporal que causou cheias de rios e destruição em Santa Rosa.

Ações humanitárias de voluntários, entidades, forças de resgate e Defesa Civil, amenizaram o sofrimento e a dor de quem perdeu tudo nas enchentes.

O forte temporal que assolou a cidade de Santa Rosa, região noroeste do Rio Grande do Sul, na noite quarta-feira, 01 de maio de 2024, e madrugada de quinta-feira, dia 02, era o anúncio de uma enorme tristeza para os moradores ribeirinhos e adjacentes tanto da cidade como do interior.

O amanhecer de quinta-feira, 02 de maio, foi de apreensão quando um dos rios que corta a cidade de Santa Rosa, (Pessegueirinho), saiu de seu leito normal e começou a avançar de forma muito rápida em direção as residências, dando início a uma correria dos moradores para tentar salvar o que fosse possível, pois, no ritmo em que o rio enchia, restava pouco tempo para atingir as casas.

Não demorou e a água barrenta começou a chegar nos pátios e portas das moradias ribeirinhas, o corre-corre era imenso com pessoas nervosas e chorando temendo que não fosse haver tempo suficiente para salvar móveis, eletrodomésticos, roupas de cama, vestuários e utensílios.

Em poucos minutos, a água do rio que parecia ter uma bomba impulsionando-a, invadiu as casas, a esperança virou desespero quando a única alternativa era deixar as residências e correr para a rua.

Nesse momento, as forças se voltaram para as casas onde era possível salvar alguma coisa. Uma corrente de solidariedade se formou, onde vários braços mostraram a humanidade daqueles que se dispuseram a ficar encharcados com a chuva que caía incessante, para ajudar os atingidos. Graças a essas pessoas, algumas inclusive desconhecidas, foi salvo o que era possível.

Da parte mais alta da rua, todos olhavam impotentes às águas do rio Pessegueirinho, deixar algumas casas submersas e outras quase totalmente tomada pela enchente. Nada mais poderia ser feito, só restava esperar a água baixar e contabilizar os estragos.

Quando o rio voltou ao seu leito, as imagens eram desesperadoras com uma lama densa dentro das casas e sinais reais de destruição e danos. Mais uma vez a solidariedade aflorou, só que desta vez para retirar tudo o que a água barrenta do rio destruiu, inclusive muitos alimentos. As ruas ficaram e estão ainda nesta segunda-feira, 06 de maio, com móveis estragados depositados nas ruas para serem recolhidos.

Na manhã e tarde de domingo, máquinas e caminhões da prefeitura de Santa Rosa, através da Defesa Civil e Fepam, realizaram a retirada de muitos materiais como mostramos nas imagens desta matéria. As pessoas atingidas com os olhos cheios de lágrimas, testemunhavam anos de luta sendo jogados na caçamba de um caminhão para serem levados ao descarte. Eram sofás, camas, armários, roupas, alimentos, geladeiras, máquinas de lavar, colchões, televisores, monitores, CPUs, fogões, utensílios domésticos e outros que haviam virado entulhos. Uma verdadeira tristeza e dor coletiva.

A Defesa Civil juntamente com o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Rosa, esteve mobilizada desde o início dos temporais e enchentes, socorrendo pessoas, isolando áreas de riscos e salvando vidas.

Para buscar amenizar o sofrimento, voluntários do Lions Club Santa Rosa Centro, realizaram uma campanha humanitária, onde conseguiram arrecadar recursos e donativos que beneficiaram muitas famílias atingidas pela enchente. O Salão Paroquial localizado na Rua Sinval Saldanha, foi o local onde os donativos eram doados beneficiando e amenizando o sofrimento de atingidos e desabrigados pela forte enchente que inundou não só as casas, mas, os corações de muitas pessoas e entidades com solidariedade e humanidade ao próximo.

Reportagem Silvio Brasil e Lupa Notícias- www.lupanoticias.com.br Whatsapp para reportagens - (55) 9-8111-8747 E-mails- [email protected] #SilvioBrasilVerdades