CPI da Expofest Ijuí é suspensa após apresentação do relatório final das investigações. A decisão foi proferida pelo Juiz Plantonista da região, Marcio Roberto Muller, que acatou o pedido da defesa do Presidente da Expofest 2022 e 2023, Nelson Casarin.

Na sexta-feira, 07 de junho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga os eventos relacionados à Expofest Ijuí nos anos de 2022 e 2023, apresentou e entregou o relatório final das investigações. O vereador Matheus Pompeo foi o relator do processo. 

Na oportunidade, o presidente da CPI, vereador César Busnello, fez um breve histórico dos trabalhos realizados, citando o requerimento criado que originou a Comissão. Os vereadores Adalberto Noronha, César Busnello, Matheus Pompeo de Mattos, Cleuton Rolim e a vereadora Bruna Gubiani, subscreveram o documento.  

Céar Busnello destacou que a CPI realizou 27 reuniões e ouviu depoimentos de 30 pessoas, incluindo lideranças da União das Etnias de Ijuí (UETI) e das Casas Étnicas, conselheiros fiscais, expositores, órgãos de segurança pública e representantes do Poder Executivo. Também foi requisitado um número significativo de documentos junto à União das Etnias de Ijuí (UETI). 

O relator, vereador Matheus Pompeo de Mattos, fez a leitura dos principais pontos do relatório salientando que as limitações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI),  não conferem a ela o poder de punição, mas somente de investigação, bem como não lhe dão o caráter de instância julgadora, própria do Poder Judiciário.

Estava marcada para esta segunda-feira, 10 de junho, a realização de uma reunião da comissão para à votação do relatório. Porém, uma liminar obtida na Justiça, no domingo, 09 de junho, suspendeu a sessão da CPI da Expofest. 

De acordo com a Rádio Jovem Pan Missões, no despacho, o Juiz Plantonista da região, Marcio Roberto Muller, acatou o pedido da defesa do Presidente da Expofest Nelson Casarin, para que a mesma tenha acesso aos documentos do processo da CPI e que Nelson Casarin possa se manifestar  sobre as questões envolvendo seu nome no tocante ao seu patrimônio, e as suposições de aumento de seus bens matérias supostamente em razão da feira. 

Em entrevista nesta segunda-feira, a Rádio Jovem Pan missões, o advogado de defesa José Luiz Blaszak, destacou que seu cliente e presidente da Expofest, Nelson Casarin, está enfrentando indevidamente uma exposição pública de uma inverdade, onde não foi possibilitado ao mesmo a oportunidade de sequer saber o teor dos documentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). 

Ainda conforme o defensor, o relatório do vereador Matheus Pompeo de Mattos, foi direcionado a pessoa física no tocante do patrimônio material de seu cliente, quando o relator cita que ao presidir a Expofest 2022 e 2023, possuía a pratica (praxe) de comprar ou contratar pela feira sem a emissão de notas fiscais e a partir disso, foi realizado uma pesquisa sobre o patrimônio material de Nelson Casarin como pessoa física. 

O advogado de defesa José Luiz Blaszak, ressaltou na entrevista, que a partir do momento em que o relator fala em “prática” direcionou a CPI para o cunho pessoal do presidente da feira Nelson Casarin ficando perceptível a intenção de atingir a imagem de seu cliente em caráter pessoal. 

Para o advogado, de forma incompreensível, fora do objeto da CPI, o relator usa como alvo que  Nelson Casarin é proprietário de 44 Matrículas Imobiliárias no Estado do Rio Grande do Sul e 75 Matrículas Imobiliárias no Estado de Santa Catarina, totalizando 119 Imóveis, causando prejuízo a imagem de seu cliente e das pessoas atingidas pelo que ele chamou de desinformação, sendo que seu cliente não foi convocado para explicar a natureza dos imóveis. 

Outro fator apontado pelo advogado é que a Comissão Parlamentar de Inquérito é referente aos anos de 2022e 2023 da Expofest, e essa movimentação de matriculas apontadas pelo relator dentro do processo, não é de conhecimento de seu cliente, ou seja, Nelson Casarin não sabia da existência desses supostos imóveis em seu nome. 

O advogado completou relatando falas de seu cliente que demonstrando supressa destacou: “Olha! Ao longo dos meus 70 anos de vida, eu tenho no máximo 10 imóveis, que eu fiz ao longo da minha trajetória profissional, mas, 100 imóveis a mais, jamais”! O advogado também falou sobre o que pode ter acontecido dentro desse universo. 

Segundo ele, na busca de informações sobre Nelson Casarin, o relator da CPI, Vereador Matheus Pompeo de Mattos, pode ter recebido uma série de documentos que foram produzidos em seu nome, mas que necessariamente se refere do imóvel ou de algum imóvel! 

Outra possibilidade apontada pelo defensor é que “diante de um imóvel que Nelson Casarin possa ter adquirido há mais de 20 anos atrás, foi feito por meio de um condomínio de pessoas interessadas que construíram um imóvel, que enquanto havia a construção, esses imóveis todos possuíam matriculas, (Era um prediozinho com apartamentos que se cotizaram entre vários interessados que são os condôminos), e que pode ter saído ali uma relação de matriculas como se todos fossem dele”. 

O advogado continuou: “Encerrado a construção pelo grupo de condôminos, foi individualizado então, em um apartamento para cada um dos que estavam contribuindo”. 

José Luiz Blaszak, afirmou na entrevista que todo o patrimônio de seu cliente Nelson Casarin é legalmente declarado.

Assista a entrevista no link

https://www.facebook.com/watch/live/?ref=watch_permalink&v=1650626132401533 

Reportagem Silvio Brasil e Lupa Notícias- www.lupanoticias.com.br

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