Veja o video das sessões acessando o Link abaixo.
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Com a renúncia do Presidente da Mesa Diretora do PDT, conforme acordo selado da base aliada, uma nova eleição seria realizada, onde estava previsto e acordado que o Partido dos Trabalhadores (PT) seria a sigla a presidir a Câmara de Vereadores através de sua representante, a Vereadora Ana Denise Gorgen Strapasson.
Diante disso, a eleição, onde supostamente a vereadora deveria ser a eleita ocorreu durante a sessão ordinária da última segunda-feira, 17 de junho.
O fator surpresa foi o partido progressistas se inscrever com um postulante a cadeira de presidente da mesa diretora, o vereador e servidor público municipal de Horizontina, Álvaro Callegaro.
Com a inscrição de duas chapas, ou seja, chapa 01, Ana Denise Gorgen Strapasson e chapa 2, Álvaro Callegaro, os vereadores escolheriam a próxima presidência através do voto aberto. Compõem o Legislativo Municipal de Horizontina, 09 parlamentares, mas somente 08 estavam presentes a sessão. A exceção foi o Vereador Márcio Fischer (Fichinha PDT), que por motivos de saúde de um familiar apresentou um atestado.
Pela lógica e respeitando o acordo existente da base aliada, Ana Denise Gorgen Strapasson deveria vencer, porém, não foi isso que aconteceu. A primeira votação terminou com um empate de 04 a 04.
Diante da situação e seguindo o que rege o regimento interno, a presidência da sessão foi orientada de que deveria convocar sessões diárias até que fosse eleita a nova mesa diretora, nesse caso o novo presidente. Portanto, caberia a presidente interina da sessão convocar uma nova sessão extraordinária no dia seguinte à eleição para que ocorre uma decisão dos parlamentares.
Desta forma, a presidente da sessão em questão confirmou para terça-feira, 18 de junho, às 17h30min, uma nova eleição através de sessão extraordinária. Nesse momento, o Vereador Lucas Stoll (Progressista) valendo-se do seu conhecimento, sugeriu que fosse aplicado o Artigo 110 da Lei nº 4.737 de 15 de julho de 1965, na qual dispõe que, em caso de empate, haver-se-á por eleito o candidato mais idoso, buscando selar a vitória de seu companheiro de partido e de bancada, Àlvaro Callegaro. Diante da dúvida, a sessão foi suspensa e na volta dos trabalhos, a vice-presidente na condição de presidente em exercício fez a leitura mantendo a realização de uma nova eleição para terça-feira, 18 de junho, às 17h30min ou 18h30min. Após a reunião das comissões.
Diante disso, uma nuvem de fluxo piroclástico se formou no Legislativo Municipal de Horizontina.
O empate na primeira eleição, deixou o PT de Ana Denise Gorgen Strapasson em uma situação completamente desconfortável, uma vez que o esperado era a manutenção do acordo com os partidos da base aliada votando conforme o que já vinha acontecendo em eleições anteriores durante essa atual legislatura.
Vamos as curiosidades!
A primeira curiosidade diante dessa nova situação é que o PDT é o partido do atual prefeito que sempre buscou ter o controle de seus aliados na Câmara Municipal, ou seja, ditar as ações dos mesmos. Eles negam, óbvio!
A segunda curiosidade é que durante essa atual legislatura quem era base de oposição passou a ser situação em troca de migalhas, foi o que aconteceu com o PSB de Ilson Pilz que se debandou para o lado do prefeito, porém, sem conseguir o que realmente queria. Na janela eleitoral de 2024, Ilson Pilz deu um pulo na mesma e caiu de bandeja no PDT que juntamente com o Progressistas se tornou uma das maiores bancadas com 03 parlamentares.
A terceira curiosidade é que em ano eleitoral e com as construções de uniões acontecendo, o progressistas deixou de ser oposição e passou a ser situação se aliando ao União Brasil de PDT em uma coligação para as próximas eleições do dia 06 de outubro, unindo centro esquerda (PDT e União Brasil) com a direita (Progressistas), que se abraçaram e permanecem abraçados, até quando não se sabe!. Àlvaro Callegaro, presidente dos progressistas não tem muita opção pois, além de vereador também é servidor público municipal, assim como sua esposa, se indispor com o atual prefeito não seria muito vantajoso, ficou na dele e deixou o barco navegar sem ter um controlador no leme. No meio dessa nau estava o PT (esquerda nata) de Ana Denise Gorgen Strapassom como um mero forasteiro indesejável já que a direita não aceita compor base com a esquerda e isso é uma realidade na politica de Horizontina e de muitos municípios, porém, o PT estava na base como aliado ao governo e não pulou janela nenhuma.
A quarta curiosidade vamos mostrar no final dessa matéria.
Como havia sido decidido na sessão de segunda-feira, 17 de junho, uma nova eleição foi marcada para ocorrer na terça feira-feira, 18 de junho, às 17h30min, no plenário da Câmara de Vereadores.
Alta tensão, nervos à flor da pele, discussões, bate boca, ou seja, uma nuvem de fluxo piroclástico pairava sobre o Legislativo Municipal de Horizontina. Conforme levantando pela nossa reportagem, uma situação jamais vista ou vivida por parlamentares no poder legislativo.
As bancadas estavam completas, os 09 parlamentares com seus respectivos votos decididos, Ana Denise Gorgen Strapasson com a esperança de ser eleita presidia a sessão extraordinária, faltava apenas 01 voto para ela se sagrar a nova presidente do legislativo municipal fazendo valer o acordo sempre mantido pelo seu partido o PT.
Começa a sessão e a votação. Ana Denise Strapasson Chapa 1, Álvaro Callegaro chapa 2.
O resultado foi surpreendente com 04 votos para chapa 1 e 05 votos para chapa 02, Àlvaro Callegaro do Progressistas é eleito presidente da mesa diretora. O acordo da base aliada enfim foi quebrado.
Quarta curiosidade! A quebra do acordo ocorrer justamente pelo PDT, partido do atual prefeito e o voto de minerva que retirou a presidência de Ana Denise Gorgen Strapasson ter sido do PDT através do vereador Márcio Fischer (Fichinha), pode significar muitas coisas, entre elas que o PDT supostamente exclui o PT para chamar a atenção e interesse das siglas de direita e ganhar ainda mais a confiança do Progressistas visando as próximas eleições, uma vez que vem buscando o apoio do Cidadania e Partido Liberal.
O fato é que essa estratégia pode ter saído pela culatra, um tiro no pé do PDT, uma vez que todas as demais siglas sabiam do acordo e acreditavam na manutenção do mesmo. O PDT quebrou o acordo criando um mal-estar entre o PT e o atual governo.
Por outro lado, 2024 é ano eleitoral, o PT sofre muitas resistências dos partidos antiesquerda e com o PDT fazendo coligações com partidos de direita, como o progressistas por exemplo, a melhor alternativa para o PT nesse momento seria aceitar passivamente o "chega pra lá" sofrido na Câmara de Vereadores, manter-se como um partido de situação e desta forma evitar mais aproximações de partidos de direita com o PDT, caso contrário correrá o risco de estar isolado no próximo pleito. Sair do governo nesse momento não parece ser uma boa opção, oferecer resistência ao PDT também não!
O que deu a entender como uma enorme derrota, poderá se transformar em vitória para o PT, pois, com o comando da mesa diretora na câmara, o Progressistas ganha mais força para quem sabe sair da coligação com o PDT e União Brasil vindo a formar chapa com outro partido de direita, no entanto, a sigla enfrentaria um enorme problema, convencer o presidente Álvaro Callegaro. Seria mais uma labuta politica para os convencionais do Progressistas.
Nossa reportagem entrou em contato com a vereadora Ana Denise Gorgen Strapasson e a mesma nos retornou dizendo que o Partido dos Trabalhadores (PT) terá uma atividade no dia 29 de junho, ao Meio dia, pelos 43 anos de fundação da sigla, onde irão falar sobre a eleição da Câmara de Vereadores e a coligação! Só depois nos concederia uma entrevista sobre a “Nuvem de fluxo piroclástico” provocada pelo PDT no Legislativo Municipal de Horizontina.
Reportagem Silvio Brasil e Lupa Notícias https://lupanoticias.com.br
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